sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Alberto Cidraes – O nosso convidado especial de 2015


O Lusitano artista e arquiteto Alberto Cidraes iniciou sua carreira na cerâmica no Japão. Em 1975 Cidraes vem para o Brasil e monta junto com um grupo um ateliê na cidade de Cunha no Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo.

Expõe frequentemente no Brasil até 1987, quando parte para Portugal para montar o Departamento de Cerâmica do Ar.Co em Lisboa que dirige até 1990 quando volta ao Japão com bolsa da Fundação Japão e por lá vive trabalhando em várias instituições até 1995. Professor de design de 1993 a 2002 na KIDI Parsons, volta ao Brasil para seu atelier de Cunha e junto com o grupo forma o Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha que dirige desde 2009. Aos 70 anos Aberto comemora 40 de cerâmica em abril junto do IX Encontro de Ceramistas em Paraty.


Inspirado por raízes de cunho histórico, cria um mundo paralelo de objetos, tecnicamente minimalistas onde o som faz parte fundamental. Pratica o que chama de surrealismo antropológico. Os instrumentos de som, quase todos de percussão acontecem também espontaneamente sem complicadas concessões à música acadêmica. Cidraes procura desenvolver a tendência natural da cerâmica à atemporalidade, à indefinição cronológica, sempre aberto a experimentações. 


O  antigo ou moderno são conceitos que se fundem no trabalho de Cidraes como se fundem as rochas, cinzas e óxidos num esmalte cerâmico. Outro tema fundamental para o artista  é a cabeça humana, sua estrutura e simetria arquitetônica com a estrutura de uma casa é fonte de inspiração da linguagem que  desenvolve. Como as Cabeças dos Guerreiros, trabalho que simboliza o seu imaginário sobre a cidade onde nasceu, Elvas em Portugal, uma cidade militar cercada por muralhas.

Por isso a figura do guerreiro, sua cabeça, representa a figura do protetor, protetor de civilizações, idéias e povos.  

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